Bem Vindos ao "Atemporal, Olhar Cultural"

Bem Vindos ao "Atemporal, Olhar Cultural"

A cultura é um fenômeno regular verificado até mesmo nos mais primitivos povos, a beleza da pluralidade de costumes e pensamentos os quais abrangem sistemas políticos e jurídicos, crenças religiosas, lendas, mitos, valores éticos perpétuos ou temporais, locais ou universais são alguns dos fatores determinantes para o modo próprio de cada grupo de indivíduos em diferentes épocas e espaços geográficos se articularem e ter seu “patrimônio cultural”.

Vale lembrar que conceituar cultura [mesmo com tanta facilidade de identificá-la], não é tarefa tão fácil, a antropologia nos oferece uma variedade de definições, porém, ficarei aqui com a sugerida pelo antropólogo inglês Edward Burnett Tylor, nos parágrafos iniciais de Primitive Culture (1871; A cultura primitiva), "Cultura ... é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade."

Nesse BLOG, queremos dispor aos adoráveis leitores análises objetivas para a apreciação da diversidade cultural que é proveniente de implexos componentes da existência humana, fatores ambientais, psicológicos, sociológicos e históricos, que cooperam para construção da cultura de uma determinada sociedade ou época pesquisada.

A maior lição das culturas ainda é a relatividade dos comportamentos, o aprendizado da democratização do pensamento, é se polir para não sermos juízes da história ou dos fatos, mas ao mesmo tempo termos uma posição racional e firme sobre o que lemos e saber que o respeito à criatura humana está acima de qualquer cultura.

Só me resta aspirar uma ótima leitura a todos. Wagnner Fernnandes

domingo, 4 de setembro de 2011

Acordo com a burguesia ou morte.

Logo comemoraremos o o7 de setembro, teoricamente estamos celebrando o fim do domínio de Portugal sobre a nação. Devemos comemorar sim, pois muitos objetivaram, lutaram e até morreram por isso, como o ilustre Tiradentes na Inconfidência Mineira, só que ao vermos a história com calma, passamos pelo “dia do fico”, D. Pedro I recusou o pedido de retorno a Portugal dando, em tese, um não a proposta da metrópole de continuidade a exploração colonial desenfreada. O príncipe recebeu uma nova carta exigindo seu retorno imediato a Portugal, o conteúdo da carta chegara aos ouvidos de D. Pedro quando este viajava de Santos para São Paulo perto do riacho do Ipiranga, foi quando num ato emotivo, mas racional ao mesmo tempo, bradou umas das frases mais famosas de nossa história “independência ou morte”, isso no ano de 1822. 

Os EUA reconheceram primeiramente que todos nosso país independente, entretanto como se sabe, Portugal exigiu uma indenização de Dois milhões de libras esterlinas e como o Brasil não tinha essa quantia recorreu a um empréstimo junto à Inglaterra, começando nossa dívida externa e uma relativa independência.
Dom Pedro I, Imperatriz Leopoldina, Domitila de Castro, com quem tinha um caso e prostitutas.
O que mais me incomoda é que na maioria das vezes a história “deságua” nas massas como produto alienador e não esclarecedor, conseqüência de livros didáticos estrategicamente elaborados para contar meias verdades em textos que informam desinformando.

Enquanto uma parcela nem sabe o que comemoramos, outra nem imagina o que de fato houve naquela época. Na prática, a nossa chamada independência beneficiou somente uma elite daquele período (latifundiários, comerciantes e outros), não se teve nenhuma significativa mudança social, as mazelas que construíram uma colônia subjugada se perpetuavam com apenas mudança de comando.

Os nobres assumiram o controle do Brasil juntamente com D. Pedro I, esse grupo aristocrático nunca havia se unido aos nativistas que contestaram o governo metropolitano, o motivo é que independência para os ricos significava ascensão aos seus lucros, jamais estabelecer uma república com uma real democracia (vale lembrar que nem as revoltas nativistas objetivaram tal coisa).
Enfim, estabeleceu-se no Brasil um governo centralizador e autoritário com D. Pedro e seus seguidores exaltados num absolutismo, movimentando algo apático sem beleza filosófica, científica e muito menos literária.

EUA foi nosso amigo então, reconheceram primeiro que todos, nossa independência, (piada de mau gosto essa). Em 1823, os EUA estabeleceram uma política denominada “Doutrina Monroe”, que pregava a independência dos países da América sem possíveis intervenções européias. O verdadeiro objetivo da doutrina Monroe era a profunda influência sobre os demais países americanos. O lema dessa doutrina era: "A América para os americanos", que na realidade era uma política externa que dava aos EUA direito de invadir e interferir em países vizinhos para manter uma suposta ordem.

O triste mesmo é que esse processo histórico iniciado com nossa “independência” não foi apenas algo passageiro em virtude da transição administrativa enfrentada pelo país nos tempos coloniais, ele está mais vivo que nunca, servimos aos Estados Unidos ainda em seu pós-moderno neocolonialismo, concretizado principalmente com a presença das suas multinacionais aqui; uma elite continua beneficiada numa realidade de contrastes sociais vergonhosa.
Nossos “estimados” políticos parecem até ter inspiração em D. Pedro I, amante dos prostíbulos e das bebedeiras acompanhadas de desordens na Rua das Costureiras no Rio de Janeiro, tantos parlamentares se ocupam igualmente nas redes de prostituição lá em Brasília que às vezes necessitam com razão faltarem ao trabalho, mas no 7 de setembro transbordarão de demagogias e sorrisos falsos em palanques, rádios... Quando que na verdade deveriam aproveitar esse dia para chorando pedir desculpas a nação e falar: Nós podemos mudar isso, nós deveríamos mudar tudo isso, porém não amamos essa pátria, esse povo, sendo assim, continuaremos a usar a máquina pública para satisfazer nossa meretriz vaidade e decretar: História seja recorrente, perversa e injusta ao mesmo tempo. 
Por: Wagnner Fernandes (Bacherel em Teologia e graduando em Letras)

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