Édipo é um personagem da mitologia grega. Famoso por matar o pai e casar-se com a própria mãe. Filho de Laio e de Jocasta, pai de Etéoclis, Ismênia, Antígona e de Polinice.
Segundo a lenda grega, Laio, o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.
Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão
pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi
recolhido mais tarde por um pastor e batizado como "Edipodos", o de
"pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos.
Édipo consulta o Oráculo que lhe dá a mesma previsão dada a Laio, que
mataria seu pai e desposaria sua mãe. Achando se tratar de seus pais
adotivos, foge de Corinto.
No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai,
brigou com ele e o matou, pois Laio o mandou sair de sua frente.
Após derrotar a Esfinge
que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que
tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo
conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança
engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o
anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".
Conseguindo derrotar o monstro, ele seguiu à sua cidade natural e
casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam
criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro
filhos. Quando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta
e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura
os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria
mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais
rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser
exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas
duas filhas como se fossem suas próprias.
No final do século XIX e início do século XX, Freud surpreendeu a sociedade européia ao propagar seus pensamentos
relacionadas à sexualidade infantil. Nelas, determinou que a
sexualidade infantil pode ser conhecida através de três fases distintas
que podem se manifestar nos primeiros meses de vida ou na fase dos 5 e 6
anos.
Primeiramente ocorre a chamada fase oral, quando a criança focaliza seu
desejo e prazer no seio materno e na ingestão dos alimentos.
Posteriormente ocorre a fase anal, quando o desejo e o prazer são
focalizados nas fezes e excreções. Por último, ocorre a fase
fálica, quando o desejo e o prazer são focalizados nos órgãos genitais.
Na fase fálica surge o complexo de Édipo, também chamado de complexo
nuclear das neuroses. Nesse período os meninos focalizam o seu desejo e
prazer na mãe e as meninas no pai. É nessa fase também que a criança
distingue a diferença dos sexos masculino e feminino e determina sua
fixação pela pessoa mais próxima do sexo oposto.
A criança, ao desejar o pai ou a mãe, alimenta um conjunto de pulsões
formadas pelo id. O superego, que é formado pela razão, pela moral,
pelas regras e normas de conduta; busca censurar tais pulsões fazendo
com que o id seja impedido de incentivar a realização
plena da criança. O ego, por sua vez, que é a consciência humana, é
incentivado pelos impulsos do id e limitado pelas imposições do
superego, o que torna necessário buscar formas de satisfazer o id sem transgredir o superego.
O complexo de Édipo em meninos surge pelo desejo sexual pela mãe, a
criança vê o pai como ameaça e deseja se livrar dele buscando ainda se
identificar com o mesmo. Em meninas, o complexo surge com o desejo de
ganhar um bebê do pai e como não consegue se desilude.
O complexo de Édipo é derrubado nos meninos pela ameaça da castração,
onde pensa que perderá seu pênis. A menina acredita que a castração já
ocorreu, já que não mais possui o membro, descartando assim a ameaça.
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